sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mais 15 ciclistas, um campeão olímpico, vinculados a Armstrong

O jornal italiano "Gazzetta dello Sport" publicou reportagem em que revela que o campeão olímpico do ciclismo de estrada em Londres, Alexandre Vinokourov (foto acima), do Cazaquistão, está sendo investigado por  suspeita de doping, por ter atuado sob supervisão do médico (já banido do esporte) Michele Ferrari. É o mesmo que, segundo a Agência Antidoping dos EUA (Usada), era sócio de Lance Armstrong no esquema de doping cuja revelação devastou recentemente a carreira do ciclista americano.
Citando documentos obtidos junto a um agente do fisco italiano em Pádova, Benedetto Roberti, o jornal revela que Ferrari teria gerenciado uma operação que sonegou US$ 40 milhões (mais de R$ 75 milhões) em impostos, com desvio de dinheiro para lugares como Gibraltar, Montecarlo, Suíça e até América do Sul. Do esquema fraudulento teriam participado ciclistas e dirigentes de equipes de ciclismo. O esquema envolve ainda lavagem de dinheiro e doping, segundo o que apurou o   "Gazzetta dello Sport".

A reportagem aponta 15 ciclistas como suspeitos. Além do campeão olímpico  Vinokourov estão também no rol dois ex-campeões da Volta da Itália, uma das provas mais importantes do circuito de estrada do ciclismo europeu. Trata-se de Michele Scarponi (foto a acima) e Denis Menchov (foto abaixo) ligados a Ferrari, segundo apuração do jornal. Todos rebatem as acusações e juram inocência.

O nome do médico Ferrari aparece várias vezes no dossiê preparado pela Usada sobre Armstrong. O ciclista americano inclusive admitiu que Ferrari foi seu preparador físico até 2004. O médico foi suspenso do esporte para o resto da vida pela Usada em julho, no mesmo processo em que denunciou Armstrong pelo que chamou de "o mais sofisticado esquema de doping da história do esporte".

Na Itália, como em outros países da Europa, usar doping para forjar resultados esportivos é crime. Em 2006 Ferrari foi absolvido após apelar num processo em que respondia formalmente a uma acusação de distribuir substâncias proibidas a atletas. Mas segue suspenso de forma vitalicia pela Federação Italiana de Ciclismo.

Fonte: agências de notícias internacionais

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