Poveiro obteve a melhor classificação de sempre para Portugal num Campeonato do Mundo ao ser 11º. André Cardoso chegou na frente e fez 30º, enquanto Sérgio Paulinho foi 71º e Bruno Pires não terminou. Portugueses fazem balanço positivo da corrida.
Foi para a Holanda com o top 20 na cabeça, sabendo perfeitamente que podia fechar top 15. Rui Costa voltou a não decepcionar e provou que é um dos ciclistas mais regulares de 2012 ao terminar a prova de fundo dos Mundiais de Limburgo em 11º lugar.
O resultado é ainda mais histórico já que é a melhor prestação de sempre de um corredor em Campeonatos do Mundo, melhorando o 14º posto alcançado por Acácio da Silva em 1983. “O que interessa é que foi um bom resultado, a questão histórica é relativa porque se fosse um 2º ou 3º lugar seria diferente. O percurso parecia mais duro, mas afinal não havia tantos locais para fazer muitas diferenças. Ainda assim, não pude estar com os homens da frente a discutir as medalhas porque não estive fisicamente como esperava, mas admito que gostava de feito 10º e terminar ainda melhor”, admitiu Rui Costa no final da corrida.
RUI COSTA E ANDRÉ CARDOSO RESISTIRAM NA FRENTE ATÉ AO FIM
O quarteto luso acabou por estar sempre entre os primeiros até à penúltima passagem pelo Cauberg – última dificuldade antes da meta – altura em que Bruno Pires e Sérgio Paulinho se começaram a atrasar.
André Cardoso e Rui Costa seguiram no grupo restrito dos favoritos até à última “visita” à subida que dá fama à Amstel Gold Race, mas o gondomarense quebrou logo na entrada e chegaria a 17 segundos dos primeiros. “Já é o meu quarto mundial e a experiência dizia-me que muitas equipas queriam que a corrida chegasse junta na última passagem pelo Cauberg. Nós estamos satisfeitos porque tínhamos definido o objetivo de ajudar o Rui ao máximo e creio que o conseguimos. Ele estava em boa condição, também tínhamos o Sérgio como referência, mas com o passar da corrida o Rui vinha melhor e por isso tentámos protegê-lo para que se desgastasse o mínimo possível”, reconhece André Cardoso.
Melhor fez Rui Costa, que se aguentou no grupo perseguidor onde homens de topo do pelotão internacional assistiam impotentemente à vitória folgada de Philippe Gilbert. Na luta pelo top 10 seria o veterano e tri-campeão mundial Oscar Freire a negar a Rui Costa um lugar entre os 10 primeiros
ANDRÉ CARDOSO: “CAMISOLA DO ARCO-ÍRIS FICA BEM ENTREGUE”
Para Rui Costa “o Gilbert era um dos nomes que tinha apontado, mas fiquei surpreendido pela vantagem com que o fez. Quando entrámos no quilómetro final olhei para a frente e só vi um homem destacado na frente. Lembro-me de pensar quem é que iria tão forte, no final ele venceu bem”. Já André Cardoso confessou que a “camisola do arco-íris fica bem entregue”. Para o gondomarense da Caja Rural “era um percurso que lhe assentava bem e face ao arranque que teve no Cauberg fez por merecer o título”.
Quanto ao futuro, Portugal provou em Limburgo que está mais perto do que nunca de uma medalha na prova de elites. No entanto, o melhor português do WorldTour joga pelo seguro: “Há que dar tempo ao tempo, melhorando ano após ano, só mesmo dando tempo. Para 2013 (Florença, Itália) e 2014 (Ponferrada, Espanha) parece que o percurso dos Mundiais também será bom para mim, por isso vamos ver”, disse Rui Costa
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