A União de Ciclista Internacional (UCI) irá anunciar na segunda-feira a sua decisão em relação ao caso de Lance Armstrong, o vencedor de sete edições da Volta a França que a Agência norte-americana antidoping (USADA) quer ver banido por ter liderado o «mais sofisticado, profissionalizado e bem sucedido programa de dopagem da história do desporto».
O órgão que gere o ciclismo internacional tem 21 dias para reagir ao relatório de mil páginas publicado na semana passada pela USADA. Mas, em comunicado, a UCI informou hoje que anunciará na segunda-feira se aceita as recomendações da USADA, que passam pelo afastamento definitivo do ciclista e pela retirada dos títulos alcançados na carreira.
Desde a publicação do relatório da USADA, Lance Armstrong tem visto a sua popularidade cair a pique: esta semana perdeu cinco dos seus principais patrocinadores, incluindo a Nike, que o apoiou nos últimos 16 anos de carreira. Além disso, o ciclista renunciou ao cargo de presidente da fundação com o seu nome, que se dedica à luta contra o cancro.
A dimensão e o mediatismo do caso já fizeram também outra baixa de vulto no ciclismo mundial. O Rabobank, um dos maiores investidores da modalidade que liderou uma equipa com o seu nome nos últimos 17 anos, irá deixar de apoiar o ciclismo a partir de 31 de Dezembro.
Com «muita dor», o membro do conselho directivo do banco Bert Bruggink, anunciou que os responsáveis da empresa «já não estão convencidos de que o ciclismo internacional possa fazer deste desporto algo limpo e justo
(Jornal O Sol)
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